quarta-feira, 23 de setembro de 2009



Não sei porque razão continuo a esperar tanto das pessoas. Foram tantas as desilusões que sofri mas teimo em nunca aprender a lição. Nunca. Nunca!

Só ha uma palavra para isto: idiotice.

Não passo de uma idiota que vive num conto de fadas.

Insisto em pensar que todos se regem pelos mesmos valores que eu. Mas isso não é verdade. Não é mesmo verdade. A culpa certamente que será minha (é sempre minha), cresci numa pequena aldeia onde fui educada segundo valores talvez um pouco antiquados. É um facto, e não posso negá-lo. Não me enquadro neste século XXI. De certo, teria sido mais feliz se vivesse no séc XI, sei lá. Nessa altura as regras da sociedade eram duras e tinham que ser respeitadas (ou talvez não). Hoje já ninguém se respeita, ninguém se ajuda. Mas por qualquer razão eu continuo a querer agir da forma que considero correcta...sou idiota! Neste mundo o que era até então considerado bom passa a mau em menos de um piscar de olhos. E eu não consigo acompanhar. Fico perdida, parada no tempo, a tentar perceber o que é que mudou...

Por vezes, somos obrigados a tomar rumos que não escolhemos. É irónico como aprendo muito mais com esses do que com aqueles que tracei.

É uma idiotice querer ser a 'boa da fita'. Penso que estou a agir bem, mas há sempre alguém que me recorda que o que estou a fazer é a desistir do meu lugar. Tenho que competir, mas não suporto mais. O cansaço vence-me.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Procurei-te...temia que o vento te tivesse levado para longe.
Enganei-me, estavas lá! Os mesmos risos, as mesmas piadas, as mesmas brincadeiras.
Afinal tudo está no mesmo sítio. Mas às vezes, por feitiço, esse sítio fica camuflado e eu nao te encontro. Mas sei que se procurar com atençao, estás lá.

Não o leves, vento!

sábado, 5 de setembro de 2009


É interessante como só recorro a esta forma de desabafo quando me sinto só.
Continuo a achar que as pessoas são muito melhores para despejar tudo o que nos vai na mente do que esta caixinha rectangular que emite sons, mostra-nos coisas, mas não fala connosco...
Mas enfim...por vezes chego a um ponto em que mesmo se tivesse todos os meus amigos à minha volta não conseguiria proferir uma única palavra...por incrível que pareça.
Estou esgotada.
Não apenas fisicamente. Esse cansaço ultrapassa-se com uma boa noite de sono na segurança dos meus lençóis.
É algo que está oculto...provavelmente ninguém repara, só eu.

Enerva-me não me conseguir desligar daqueles acontecimentos que realmente me magoaram...enerva-me que uma pessoa que me é completamente desconhecida e com quem nunca troquei uma única sílaba altere tão facilmente o meu estado de espírito. Enerva-me que essa pessoa tenha destruído o que eu tinha de mais sagrado na vida. Enerva-me que outra pessoa de quem eu tanto gostava se tenha aliado a essa pessoa e me tenha desiludido tanto...mas tanto...
E isto eu só posso partilhar contigo, caixinha rectangular. Porque como não falas não me censuras, não me dizes a bela frase do "não podes fazer nada, tens que aceitar". Já não tenho forças para lutar, nem resignação para me submeter. Fico neste estado latente que ninguém descortina...

Também me enerva sentir que é inevitável perdermos pessoas. Enerva-me que não acreditem no que digo e que não me dêem o benefício da dúvida (às vezes falo a sério).

Sei que tenho que dar este assunto por encerrado e continuar a escrever novas histórias...mas as histórias antigas perseguem-me. Todas elas. Malvadas sejam.
Qual a razão para jurar a mim própria que vou conseguir mudar tudo? Não vou...mas durmo nessa doce ilusão, até acordar.