domingo, 31 de janeiro de 2010


"Não fui capaz de entender nada! Devia tê-la avaliado não pelas palavras e sim pelos actos. Ela perfumava-me e dava-me luz! Eu nunca devia ter fugido! Devia ter sido capaz de adivinhar toda a ternura escondida (...). Mas eu era novo demais para saber amar."
in O Principezinho, Saint-Exupéry

Em algum momento, todos nós cometemos o mesmo erro que o Principezinho. Depois só nos resta roubar a redoma à flor e tapamo-nos com ela para isolar todas as tristezas. Mas ao mínimo índicio de tempestade a redoma parte-se e voltamos a ficar vulneráveis. Como sempre estivemos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pelo meu corpo, corre um brisa, muito suave, que alivia corpo e mente...uma brisa que espalha conforto, principalmente à mente.
Sinto-me bem com esta quietude.
Aquela tempestade que criei a partir de um mísero copo de água dissipou-se. Agora, brilha o Sol apesar do tempo lá fora persistir nos cinzentos.
Não importa, no meu céu, há um círculo amarelo risonho envolto por um azul refrescante.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Imagine-se um precipício. Como os que há nos westerns; um grande planalto que, de súbito, é interrompido por um abismo que nos mostra um largo rio que corre a uns 300m mais abaixo.

Estou a um passo de cair.
Help.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010



Às vezes sinto que o tempo não passa; que aquela dor ou desilusão nunca se vai apagar da minha memória. É difícil acreditar naquela história de que o tempo desvanece as mágoas e que tudo cura quando os ponteiros parecem abrandar como que para me dizer que são eles que ditam as regras e que eu sou apenas mais uma das suas escravas.

Outras vezes detesto que o tempo passe tão rápido. Há alturas em que o meu maior desejo era ter o poder de congelar todos os relógios do Mundo pelo capricho de fazer perdurar aquele momento, mas é nessa altura que os ponteiros decidem acelerar e levá-lo com eles. Resta-me aceitar o inevitável e tentar encontrar outros bons momentos.

Afinal é isso que a espécie humana tanto busca. Bons momentos. Momentos em que não ha mágoas, não há tristezas nem há solidão. Momentos em que o Mundo, que 90% do tempo se apresenta com uma tonalidade acinzentada, se mostra cor-de-rosa, onde tudo é possível e real.

Vou tentar que neste novo ano, no meu mundo pessoal, existam mais momentos em que o rosa perdure e em que o meu desejo é parar os relógios, e não fazê-los correr numa velocidade estonteante.

Bom Ano!