sexta-feira, 1 de janeiro de 2010



Às vezes sinto que o tempo não passa; que aquela dor ou desilusão nunca se vai apagar da minha memória. É difícil acreditar naquela história de que o tempo desvanece as mágoas e que tudo cura quando os ponteiros parecem abrandar como que para me dizer que são eles que ditam as regras e que eu sou apenas mais uma das suas escravas.

Outras vezes detesto que o tempo passe tão rápido. Há alturas em que o meu maior desejo era ter o poder de congelar todos os relógios do Mundo pelo capricho de fazer perdurar aquele momento, mas é nessa altura que os ponteiros decidem acelerar e levá-lo com eles. Resta-me aceitar o inevitável e tentar encontrar outros bons momentos.

Afinal é isso que a espécie humana tanto busca. Bons momentos. Momentos em que não ha mágoas, não há tristezas nem há solidão. Momentos em que o Mundo, que 90% do tempo se apresenta com uma tonalidade acinzentada, se mostra cor-de-rosa, onde tudo é possível e real.

Vou tentar que neste novo ano, no meu mundo pessoal, existam mais momentos em que o rosa perdure e em que o meu desejo é parar os relógios, e não fazê-los correr numa velocidade estonteante.

Bom Ano!

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