sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Não sei o que é isto que me invade como um sopro de vento morno. Sinto-o, mas não o sei explicar...é algo reconfortante mas que me deixa angustiada...Sempre em alerta, com medo.
Tenho dúvidas, tenho incertezas. Vivo em ansiedade por não conseguir falar, não quero partilhar isto com ninguém, quero guardar só para mim. Não sei o que é, mas é meu, só meu. Todavia, recorro ao papel na esperança que a caneta arranque algumas palavras da minha mente, está demasiado cheia, demasiado confusa e perdida.

Vejo cores, cores quentes. Sinto o cheiro do mar nocturno e deserto. Oiço um bater de ondas sereno, compassado. A areia massaja-me as mãos e sinto um sabor doce, a chá. Sorrio para o vazio, estas sensações enchem-me de paz.
Mas logo as cores quentes são substituídas pelo negro, os cheiros alteram-se, o ruído torna-se ensurdecedor, a areia pica-me as mãos, o chá torna-se amargo e, então o espelho transparente torna-se um náufrago num oceano de melancolia.

28.10.2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sorriso

É tão bom quando sorrimos verdadeiramente, quando a alma sorri, o corpo sorri, os olhos sorriem, quando olhamos em redor e só vimos sorrisos!
É tão bom conhecer pessoas novas, fazer mini-loucuras e ficar fã de coisas diferentes!
É tão bom sorrirmos e ao mesmo tempo controlarmo-nos para que não role uma lágrima, só porque aquela voz nos aquece, aconchega, aperta, conforta, faz-nos sonhar com o futuro e recordar o passado...e é tão boa a simplicidade desses sensações...

Um amigo é uma luz que não deixa a vida escurecer...e por motivos desconhecidos há uma escuridão que todos os dias bate à minha porta, na esperança de que eu não tenha deixado a luz entrar. Ontem, a luz entrou vitoriosa, contagiante. Obrigada.
Este obrigada não é aquele que dizemos só porque fica bem, porque mostra educação ou respeito. É aquele obrigado que nem era preciso ser dito, sentiu-se.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem sou...


Já não sei quem sou...
Sei de onde vim, sei para onde quero ir, mas não sei nada sobre o aqui e agora.
Nada faz sentido, a vida vai correndo porque tem que correr, e não a posso impedir. Mas não compreendo a forma como ela corre. E nem sequer me esforço. Deixo-a ir, à espera que pelo caminho, como num jogo, encontre bónus que me façam sorrir ou novas estradas por percorrer. Espero, serenamente.


Que sentido tem corrermos quando estamos no caminho errado?
(Provérbio alemão)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Não percebo.